sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Universidade de Coimbra desafia jovens a criarem “Diários da Biodiversidade”

O Museu de Ciência da Universidade de Coimbra acaba de lançar o concurso “Diários da Biodiversidade”, de Fevereiro a Dezembro, e desafia os “pequenos cientistas portugueses” a juntarem num diário toda a informação sobre os animais, plantas e fungos que os rodeiam.

É ver a natureza “debaixo da lupa”. Com este concurso, lançado no Ano Internacional da Biodiversidade, o Museu de Ciência da Universidade de Coimbra (UC) pretende “alertar os mais jovens para a importância da conservação da natureza” e promover um contacto directo com a biodiversidade, explica em comunicado.

Podem participar jovens até aos 18 anos, em equipas de dois a cinco elementos. O desafio é “observar a natureza durante um período alargado de tempo, que pode ir de um mês a quase um ano, e elaborar um diário com as características mais importantes dos seres vivos que descobriram”, através de textos, ilustrações, fotos e outros meios.

A supervisão de um adulto é obrigatória, sendo ele professor, encarregado de educação ou membro da família.

"Como o projecto se desenvolve até ao final de 2010, existe a possibilidade de se observarem as alterações da natureza relacionadas com as várias estações do ano", frisa Carlota Simões, da direcção do Museu da Ciência.

Os trabalhos deverão ser enviados para o Museu da Ciência da UC até ao final do ano.

"A biodiversidade está em perigo, o equilíbrio ecológico da Terra está em perigo, logo a humanidade está em perigo", lembra Carlota Simões. "É preciso travar a exploração de recursos naturais e controlar os efeitos da poluição ambiental, mas urge também reduzir de forma significativa a taxa de perda da biodiversidade", sublinha a responsável do Museu.

Além dos “Diários da Biodiversidade”, o Museu da Ciência da UC tem em curso outro projecto no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade: “Os Bichos” é uma iniciativa, apresentada no início do ano, que consiste na “recolha de histórias tradicionais relacionadas com zoologia, mas também na identificação de conhecimentos empíricos de pesca, pastorícia, pecuária, que possam ter sido usados - ou ainda sejam usados - por pescadores, pastores ou produtores de gado nos seus diversos ofícios”.

Ecoesfera - Público

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fiscalidade Ambiental

Em 2009, a SAQV, na moção que apresentou no Congresso do PS, reforçou a necessidade de prosseguir o esforço de adequação dos instrumentos fiscais na promoção de actividades e produtos que incorporem critérios ambientais, nomeadamente, a redução do consumo de recursos e na penalização das actividades e produtos mais danosos.

Neste ano de 2010, o Governo deu um sinal claro desse esforço, com uma forte aposta na fiscalidade ambiental e energética (fonte: Público):

Mais ISV para os carros mais poluentes: Os dois últimos escalões do ISV, respeitantes aos automóveis "mais poluentes e tendencialmente também mais luxuosos" são agravados em sede de Imposto sobre Veículos (ISV). A actualização dos escalões traduz-se na redução das emissões de CO2 em 10 gramas por quilómetro para veículos tanto a gasolina como a gasóleo.

Incentivo ao abate: Este ano ainda será possível trocar o carro velho por um novo à escolha, desde que este tenha emissões de CO2 inferiores a 130 gramas por quilómetro (eram 140 gramas por quilómetro em 2009). Mas, a partir de 2011, os incentivos ao abate apenas deverão estar disponíveis para a compra de carros eléctricos. Para o abate de veículos eléctricos, é garantido um incentivo de 1500 euros. É o mais importante benefício fiscal à aquisição de bens de consumo.

Frota eléctrica nas empresas: diferenciação dos limites às depreciações das viaturas ligeiras aceites como gasto, consoante sejam convencionais ou eléctricas. Os limites passam a ser fixados por portaria do Ministério das Finanças. Incentivo deve vigorar entre 2010 e 2012.

Exclusão do IVA sobre o ISV: acaba assim a dupla tributação. Contudo, a alteração não vai dar lugar à descida da carga fiscal. O Governo vai compensar a perda fiscal de 20 por cento com o reforço de 20 por cento do ISV. Governo justifica medida com jurisprudência recente do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.

Deduções em IRS: São alargados os encargos dedutíveis à colecta com equipamentos de eficiência energética. Inclui despesas com melhoria das condições de comportamento energético das habitações, desde obras de isolamento térmico à substituição de janelas por vidros duplos. Dedução só pode ser feita uma vez de quatro em quatro anos.

IVA no mercado do carbono: Será invertida a responsabilidade da entrega do IVA nas transacções no mercado do carbono, passando a ser o comprador em vez do vendedor a pagar o imposto.

Bike-sharing e car-pooling: Para depois do Orçamento do Estado, mas ainda em 2010, o Governo promete incentivos fiscais ligados à mobilidade sustentável. Serão destinados ao transporte público colectivo, às redes de partilha de velocípedes eléctricos na cidade e de carros pelas empresas. Promete-se a penalização à atribuição de carros como complemento remuneratório e a criação de condições fiscais para a instalação de redes de abastecimento de veículos eléctricos em espaços públicos e edifícios privados.< Fundo Português de Carbono: O Fundo recebe, este ano, a mesma dotação orçamental de 2009, no valor de 23 milhões de euros para aquisição de licenças de emissões de dióxido de carbono e de créditos de emissões gerados por projectos em países em desenvolvimento. Mantém-se a grande fonte de financiamento deste instrumento financeiro de ajuda ao cumprimento das metas de Quioto: taxas sobre as lâmpadas de baixa eficiência e cobranças pela harmonização fiscal entre o gasóleo de aquecimento e o rodoviário.

No Ambiente & Qualidade de Vida

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Porquê o Ano Internacional da Biodiversidade

Estamos no ano Internacional da Biodiversidade.

Sendo que esta compreende a diversidade dentro de cada espécie, entre espécies e dos ecossistemas, qual a sua importância que justifique haver um ano especialmente dedicado ao tema?

Ora bem, dar uma resposta concreta, quantitativa, é muito difícil. Não só porque muitas espécies ainda estão por descobrir, mas também porque dentro das espécies conhecidas, nem sempre se sabe a sua relevância específica para o Homem. Se podemos dizer que algumas espécies valem pela sua beleza, outras pela produção de alimento, são as complexas interacções nessa diversidade que desempenham um papel fundamental na manutenção da estabilidade e bom funcionamento dos ecossistemas, assegurando assim a nossa existência, como o ar puro, a água potável ou os solos férteis.

Estima-se que existam 14 milhões de espécies no planeta, sendo que apenas cerca de 1,7 milhões estão identificadas (http://ecossistemas.org). E quando se junta a este desconhecimento o ritmo actualmente acelerado de extinção de espécies, compreende-se então a sua importância. Sim, é importante continuar a melhorar o conhecimento sobre a biodiversidade e contribuir para a sua preservação. Quem sabe que novas curas possam ser descobertas nesta Biodiversidade?

Reconhecendo a sua relevância, o Governo Português criou o Comité Português para o Ano Internacional da Biodiversidade. O ICNB é a entidade responsável pelo processo relativo às comemorações em Portugal.

Celebremos a vida na Terra e o valor da biodiversidade nas nossas vidas!