segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dia Europeu sem Carros

A semana Europeia sem carros, surgiu em França em 1998, mas, a comissão europeia aderiu apenas em 22 de Setembro de 2000.
O sucesso deste dia foi marcante, pelo que em 19 de Abril de 2002, na sequência de uma directiva europeia, foi lançada na semana verde, “A Semana da Mobilidade Europeia” em Bruxelas, tendo como objectivo, a prática de actividades ligadas à mobilidade sustentável e a um conjunto de acções de mobilização.
Neste dia, espera-se que os cidadãos abdiquem do seu automóvel, mota e outros meios motorizados e optem por utilizar transportes públicos, bicicletas, trotinetas, patins, etc., nas suas deslocações, com o objectivo de sensibilização das pessoas, na defesa cada vez mais necessária à protecção do meio ambiente, e, utilizem energia limpa ou menos poluente; espera-se criar uma oportunidade para experimentar essa mudança e para viver a cidade ou a vila de forma diferente; espera-se demonstrar que menos carros nas zonas urbanas, será sinónimo de maior qualidade de vida para os seus cidadãos.
Se todos os cidadãos reconhecessem que é importante fazer com que este dia seja encarado por muitos, como o dia de comemoração de um mundo melhor, poder-se-á atingir de uma forma mais gradual, simples e concreta, os objectivos a que esta iniciativa se propõe.
A poluição do ar e os problemas de mobilidade urbana, são grandes preocupações dos europeus (um inquérito feito pela Comissão Europeia, indica que 70% dos cidadãos europeus estão mais preocupados com a qualidade do ar do que estavam em 1994), contudo, e ao mesmo tempo, o número de viaturas nas estradas das cidades europeias, continua a aumentar, levando à deterioração da qualidade de vida dos que lá vivem (mais ruído, poluição atmosférica, stress, etc.). Não estaremos nós numa posição de confronto? Se por um lado nos preocupamos com o meio ambiente, por outro lado não somos capazes de abdicar apenas por um dia do conforto do nosso transporte.
Apelamos, para que todos os cidadãos, pelo menos, no dia europeu sem carros, deixe o seu transporte pessoal em casa e siga o seu rumo pelo transporte urbano. Verá que será divertido e diferente, em que o trânsito não o irá incomodar, e que, pelo menos, não será mais um dos motivos do seu stress diário.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Dia Internacional para a Preservação da Camada do Ozono

Hoje, faz 15 anos, que se comemora o Dia Internacional para a Preservação da Camada do Ozono, designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, para assinalar o dia em que foi assinado o Protocolo de Montreal, em 1987, sobre as Substâncias que Prejudicam a Camada de Ozono.
Inicialmente, assinado por 46 países, o Protocolo de Montreal, no qual se comprometiam a parar de fabricar o Gás Clorofluorcarbono (CFC), principal responsável pela destruição da camada de ozono na estratosfera, foi sendo alvo de emendas e aditamentos ao longo dos anos.
A 11 de Dezembro de 1997, foi assinado o Protocolo de Quioto, em Quioto, e adoptado pela Comunidade Europeia, a 29 de Abril de 1998, onde se prevê que os países industrializados atinjam entre 2008 e 2012, uma produção de gases poluentes, em média, 5% inferior aos volumes de 1990. Este Protocolo constitui um passo em frente importante na luta contra o aquecimento global, pois contém objectivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito de estufa. Caso este Protocolo não seja cumprido, o buraco da camada de ozono pode tornar-se irreversível.
Para quem lida directamente com a problemática da protecção da camada do ozono, é gratificante saber que as medidas que vêm sendo tomadas no quadro do Protocolo de Montreal têm vindo a surtir os efeitos preconizados, e isso dá-nos mais força para continuarmos.
Mas a sustentabilidade do planeta ainda está em risco e são necessárias mudanças profundas dos paradigmas que sustentam o modelo de desenvolvimento capitalista.
É necessário reforçar ou criar políticas nacionais e municipais de redução das emissões de gazes. Pensar nas modalidades de transporte e mobilidade; no aumento da eficácia energética; no desenvolvimento das fontes renováveis de energia; nos instrumentos de mercado utilizados para reduzir o risco e adaptar a nossa economia às novas condições ambientais, assegurando uma relação saudável com a natureza, para que nos próximos anos, possamos ter uma elevada qualidade de vida com sustentabilidade ambiental.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Convenção Nacional do PS

Coimbra com Ambinção - Mega Jantar




Sábado, 5 de Setembro pelas 20h no Pavilhão Eng. Jorge Anjinho da Académica/OAF.

Apresentação dos Candidatos aos Órgãos Autárquicos do Concelho de Coimbra.

Não Falte!

Coimbra com Ambição - Programa


AS NOSSAS PRIORIDADES PARA O CONCELHO

ELEVADA QUALIDADE DE VIDA COM SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
  1. Apostaremos na construção de uma cidade mais harmoniosa e organizada, onde todos os equipamentos e espaços estão mais próximos, mais acessíveis;
  2. Requalificaremos de forma integrada um conjunto significativo de Lugares e Bairros em todas as freguesias após consensualização das soluções com os cidadãos e autarcas locais;
  3. Criaremos novos e requalificados espaços de lazer e desporto;
  4. Asseguraremos uma relação saudável com a natureza através de um Plano Ambiental Local;
  5. Promoveremos a reabilitação urbana e social da Zona Histórica através, nomeadamente, da instalação de residências de estudantes e de habitação a custos controlados, do apoio ao comércio e serviços e da promoção das actividades turísticas;
  6. Melhoraremos os Serviços Públicos Essenciais nomeadamente os transportes, os serviços de limpeza dos espaços públicos, os de recolha de resíduos e o sistema de licenciamento camarário

MAIS E MELHOR APOIO SOCIAL
  1. Daremos uma atenção especial aos mais necessitados através da criação de instrumentos de proximidade, capazes de identificar e cobrir falhas do sistema tradicional e de disponibilizar os apoios sociais atempadamente;
  2. Faremos um permanente acompanhamento e minimização dos problemas ligados ao desemprego, nomeadamente neste momento de crise internacional global, através do apoio à criação de Emprego Social pelas IPSS;
  3. Promoveremos, directamente e através das IPSS, a prestação de cuidados continuados e a disponibilização de soluções de habitação dignas para os mais idosos e mais desfavorecidos.

MAIS QUALIFICAÇÃO DOS CIDADÃOS DE COIMBRA
  1. Apostaremos prioritariamente na Qualificação dos Conimbricenses através de um esforço permanente de beneficiação dos espaços e equipamentos escolares;
  2. Apoiaremos, de forma consistente, acções de qualificação do ensino, nomeadamente do inglês e da informática, e de combate ao insucesso escolar, apostando na escolaridade até pelo menos ao 12º ano;
  3. Desenvolveremos programas permanentes de divulgação e promoção cultural e científica junto dos jovens de todos os ciclos educativos.

PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E DEFESA DO EMPREGO
  1. Investiremos na criação de infra-estruturas de qualidade que permitam a fixação de Empresas, mas SEMPRE com rentabilização dos investimentos feitos;
  2. Promoveremos a captação de novos investidores, providenciando processos eficientes de licenciamento e assumindo uma Política Fiscal Autárquica Inteligente;
  3. Defenderemos, com grande empenhamento junto do Governo, a concretização dos projectos do TGV (incluindo a nova estação multimodal), que revolucionará o acesso nacional e internacional a Coimbra, e do IC6, essencial na ligação de Coimbra ao interior, nomeadamente à Covilhã, ao Fundão e a Castelo Branco;
  4. Apoiaremos o Empreendedorismo, disponibilizando “Capital de Risco” para alavancar o trabalho das entidades que em Coimbra mais capacidade têm revelado na sua promoção;
  5. Estreitaremos as ligações da CM às Instituições do Ensino Técnico e Superior, e particularmente à UC, apostando no seu potencial na promoção do Ensino e Investigação, mas também no Turismo Patrimonial, Cultural e de Congressos, ou ainda na promoção do Empreendedorismo;
  6. Apostaremos na criação de uma verdadeira qualidade de vida urbana, como factor de competitividade para o desenvolvimento do turismo e para a atracção de empresas do conhecimento.

PRODUÇÃO CULTURAL ABRANGENTE, DE QUALIDADE E APELATIVA
  1. Apoiaremos os vários agentes culturais do Concelho de modo a que, de forma coordenada, a sua produção cultural seja dirigida para:
    • a sensibilização e formação dos jovens garantindo-lhes acesso periódico a espectáculos e espaços culturais, no âmbito das suas actividades extra-curriculares;
    • a criação de oferta diversificada e apelativa para os cidadãos de Coimbra;
    • a existência de produtos culturais dirigidos ao Turismo;
    • a utilização da cultura como instrumento de afirmação nacional e internacional de Coimbra.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Geração Activa - Avançar Portugal

Somos pessoas activas e estamos habituadas a dar o melhor de nós próprios, tomando decisões com energia, determinação e ambição, com o objectivo de superar os desafios que nos são colocados diariamente.

É importante colocarmos neste momento esse activo de experiência e inovação ao serviço do País.

Portugal precisa do contributo dos todos os portugueses que se preocupa com o futuro do seu País e que estão fortemente empenhados e motivados para participar no seu progresso e desenvolvimento.

Nesta hora, não podemos deixar de estar presentes. Por isso, acreditamos que com José Sócrates Portugal vencerá os desafios do presente e do futuro.

Próximo Evento: Geração Activa de Coimbra
O Hotel da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, foi o local escolhido para o próximo jantar do Clube Geração Activa. O encontro está agendado para quinta-feira, 3, e reunirá os representantes da geração activa da região.

Proponha soluções, dê ideias.
No twitter @geracaoactiva e no facebook.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Uma nova visão para Coimbra

Uma aposta no “fomento de uma prosperidade com solidariedade” e a promoção de “uma qualidade de vida que seja referência em Portugal” são as prioridades do programa da candidatura socialista à Câmara de Coimbra, encabeçada pelo independente Álvaro Maia Seco, que, em entrevista ao “Acção Socialista”, se afirma convicto de que é possível aplicar uma “nova visão” para Coimbra. O candidato do PS promete ainda “todo o empenho na prossecução do programa apresentado, numa postura de total transparência e comunicação com os munícipes e investidores”.

Quais as razões que o levaram a aceitar o desafio de ser o candidato independente pelo PS à presidência da Câmara de Coimbra?
A convicção de que integrado na candidatura patrocinada pelo PS será possível propor e, eventualmente, aplicar uma nova “visão” para Coimbra.

Quais as prioridades do seu programa eleitoral?
Uma aposta sem hesitações no fomento de uma prosperidade com solidariedade e igualdade de oportunidades e uma aposta na promoção de uma qualidade de vida que seja referência em Portugal mas no respeito pelo seu rico património natural e edificado e pelo ambiente.

Em que traves-mestras assenta o seu projecto para colocar de novo Coimbra no lugar a que tem direito como terceira cidade do país?
Aposta numa política pró-activa de ordenamento do território baseada na lógica de construção de uma cidade “compacta”.
Investimento na qualificação dos jovens e no desenvolvimento de uma política cultural coerente.
Aposta na potenciação dos factores de competitividade do concelho para suporte de um desenvolvimento económico sustentável.
Preocupação permanente com o apoio social aos mais necessitados, nomeadamente aos mais idosos que muitas vezes estão mais desacompanhados e vulneráveis.

Que papel desempenhará a câmara, caso seja eleito, no apoio social aos estratos mais vulneráveis da população para enfrentar a actual crise?
Será feito um acompanhamento e minimização permanentes dos problemas ligados ao desemprego e dificuldades de entrada no mercado de trabalho, nomeadamente através da promoção transitória do emprego social a criar pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
Como atrás foi já referido será tido um particular cuidado e carinho com os mais idosos que se encontram em situação particularmente vulnerável.

Que avaliação faz deste mandato de Carlos Encarnação, do PSD, à frente da autarquia?
Prefiro referir que tenho a convicção de conseguir desenvolver o próximo mandato com uma maior capacidade de inovação, planeamento e concretização, iniciando assim um novo ciclo de prosperidade e afirmação para Coimbra.

Como pensa convencer os munícipes que tem um projecto melhor que o do actual presidente da câmara?
Com uma apresentação de uma equipa competente e credível e a apresentação de um programa ambicioso e realista e que se dirige às áreas prioritárias de intervenção de uma câmara municipal de modo a potenciar um desenvolvimento económico e uma qualidade de vida sustentáveis para as próximas décadas.

Vai dinamizar, durante a campanha, fóruns de intervenção política e de cidadania?
Isso já está e irá continuar a acontecer nas áreas da juventude, cultura, associativismo, desporto entre outros.

Como está a pensar utilizar as novas ferramentas de comunicação para mobilizar o eleitorado?
Temos uma equipa a trabalhar a desenvolver produtos e veículos de comunicação baseados nas novas tecnologias que viabilizarão um contacto muito próximo e interactivo com os cidadãos de Coimbra.

O que podem esperar os munícipes de Álvaro Maia Seco à frente dos destinos do município?
Podem esperar de mim todo o empenho na prossecução do programa apresentado, numa postura de total transparência e comunicação com os munícipes e investidores.

Entrevista a Álvaro Maia Seco, candidato do PS à presidência da Câmara no Acção Socialista

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Coimbra precisa de uma revolução

Álvaro Maia Seco já tem ideias concretas para colocar em prática se for eleito. Entretanto,
O candidato do PS à Câmara de Coimbra teme que o iParque vire um “elefante branco”

Diário de Coimbra – O que é que o levou a aceitar o convite do PS ?
Álvaro Maia Seco - Duas questões essenciais. Por um lado tenho sido uma pessoa com intervenção pública significativa. Quem me conhece sabe que tenho ideias para a cidade, e portanto, estou convencido que consigo definir um projecto que eu julgo que é aliciante, e que possa ser considerado credível pelos cidadãos de Coimbra. Depois, estou claramente convencido, modéstia à parte, de que sou capaz de fazer melhor do que tem sido feito. A cidade precisa de um novo impulso, de uma nova equipa a pensar os problemas e a definir projectos e portanto achei que o convite era irrecusável.

DC Que ideias são essas, então, que tem para Coimbra?
AMS Baseiam-se numa visão para a cidade muito simples, mas muito ambiciosa, que é, claramente, que Coimbra pode e deve ter nas próximas décadas um desenvolvimento significativo. Ser uma cidade próspera, mas ao mesmo tempo – e isto é muito importante, e isso é uma das marcas distintivas desta candidatura – uma cidade e um município solidários. Ou seja, temos de ter prosperidade, devemos acarinhar os empreendedores, as pessoas que produzem riqueza, mas temos de ser capazes de ajudar as pessoas que não têm tanta sorte, e que portanto, precisam de apoio. E além disso, e para mim também é muito importante, é preciso, de facto, e não apenas teoricamente, garantir a igualdade de oportunidades para as pessoas. E isto passa nomeadamente por garantir uma formação sólida por parte dos jovens, para que eles depois quando tiverem que aceder ao mercado de trabalho, tenham, pelo menos tido as mesmas oportunidades e tenham tido o mesmo nível de formação que têm os que têm a sorte de nascer numa família mais rica e, portanto, que, desse ponto de vista, têm mais sorte.

DC Essa é uma competência, à partida, do Governo.
AMS É verdade, mas na acção da formação, eu acho que a Câmara pode fazer várias coisas. Deve assumir que uma parte do seu Orçamento é dedicada ao apoio directo à qualidade do ensino, ao apoio aos jovens que são apanhados mais cedo em problemas de aproveitamento escolar. Dando meios e dando apoio logístico. Há uma terceira área que me parece importante, que é na divulgação e na promoção da cultura e da divulgação científica junto dos jovens, eu julgo que a Câmara pode logisticamente, por exemplo, criar boas condições de deslocação, de mobilidade dos jovens, e por outro lado, apoiando a produção cultural dirigida para esta função, pode fazer com que todos os jovens tenham um contacto frequente com actividades culturais, com actividades de divulgação científica, no âmbito das suas actividades extracurriculares, ao longo do ano lectivo. Repare, eu tenho muito orgulho que algumas das nossas escolas, públicas e privadas, sejam de excelência a nível nacional. O que tenho pena é que ainda haja demasiadas escolas cujo aproveitamento que se vê nos exames nacionais ainda não está ao nível do que podia ser. Por outro lado, não quero que alguém em Coimbra deixe de estudar e de chegar o mais longe possível só porque não tem apoio suficiente, e portanto acho que a Câmara, em colaboração naturalmente com os serviços oficiais, pode fazer uma discriminação positiva, claramente, a este nível.

DC E outras áreas de investimento? A sua área de raiz tem a ver com o planeamento e foi o autor de um estudo sobre mobilidade para o concelho.
AMS Sim, e há muitas soluções na área da mobilidade que têm a ver com estudos que eu fiz. Agora, infelizmente, eu esse estudo não o acabei, porque tinha três fases: uma fase de diagnóstico, uma fase de grandes opções e depois a conclusão, e a verdade é que a Câmara, já foi esta Câmara, não quis nunca aprovar ou reprovar as grandes opções que tinham sido propostas, E por isso é que eu acho que a política de mobilidade da Câmara é coxa, porque não leva até às últimas consequências as suas opções.

DC Numa entrevista que nos concedeu recentemente falava, na qualidade de líder da Metro Mondego, da ligação entre a mobilidade e o ordenamento.
AMS É uma questão absolutamente chave. Eu aliás tenho falado no conceito de “cidade compacta”, de “aglomerados compactos”. Portanto, o conceito “compacto” é de proximidade, os espaços ocupados por todos nós devem estar dentro de uma lógica de alguma proximidade. Por exemplo, para que eu, quando quero ir à mercearia do bairro, não tenha permanentemente que pegar no carro e ir de carro, e possa fazê-lo a pé. Isto é uma questão de proximidade. Se as pessoas vivem muito afastadas umas das outras e afastadas dos locais onde os autocarros param, depois eu não consigo convencer as pessoas a andar de autocarro. Ou seja, eu não quero forçar as pessoas a aceitar um serviço de transporte colectivo de má qualidade. Não, o que eu quero é que nós criemos as condições do ordenamento do território para que a Câmara tenha as condições financeiras para oferecer serviços de transporte colectivo de grande qualidade.

DC Mas como passa do conceito para a prática ?
AMS Pela positiva, e aliás uma das propostas que eu tenho para fazer é exactamente esta, e deixe-me ver se consigo explicá-la com algum cuidado. Eu quero identificar no município todo, quer na zona mais urbana, quer na zona suburbana, quer nos lugares mais rurais, quero identificar pelo menos três dezenas de lugares ou bairros com algum potencial interessante. E nesses lugares, o que a Câmara vai fazer custa algum dinheiro mas não é muito. É fazer um plano integrado de recuperação daqueles espaços, de crescimento orgânico, de qualidade, com a tal solução mais compacta, mais próxima, para o crescimento. Porque, repare, nós não queremos que as pessoas venham todas viver para o centro de Coimbra, queremos é que as pessoas que gostam de viver em Cernache, por exemplo, que têm lá família, que sempre viveram lá, eu quero que elas continuem a viver lá. O que não quero é que elas vão fazer a casa dois quilómetros ao lado de Cernache, porque depois eu não tenho dinheiro para lá meter o esgoto, e a água e o transporte público, não há dinheiro para isso. Eu quero é que as pessoas possam ter um local onde possam contruir a sua casa com uma lógica de proximidade. E portanto vou fazer, se tiver a honra de ganhar as eleições, este estudo, estes trabalhos todos. E estes trabalhos vão ser feitos em muito apertada colaboração com as Juntas de Freguesia, mas também com os moradores dos locais. E, como é de imaginar, destes trinta eu tenho a esperança que haja dez ou doze ou quinze sítios onde as pessoas participem a sério, e onde seja possível rapidamente chegar a soluções integradas, consensualizadas. E eu prometo que, em quatro anos, nós fazemos uma revolução nesses locais. Mas não são intervenções casuísticas, numa coisa ou noutra. Se for preciso fazer uma pequena variante para tirar o tráfego de atravessamento da localidade, faz-se, se for preciso criar um pequeno largo onde possa estar um café do bairro e onde possa haver um pequeno espaço verde para os miúdos jogarem à bola, faz-se isso…portanto, é intervir integradamente. Mas é para depois, daqui a quatro anos, se estivermos a ter esta conversa, eu poder dizer às pessoas dos outros aglomerados “vão àquele aglomerado, àquele lugar ou àquele bairro e vejam a diferença de viverem num bairro como o vosso ou viverem num bairro onde as coisas são bem feitas”. Um dos males desta nossa sociedade, que é uma das heranças de Salazar e que ainda não foi corrigida, é o facto de muitas pessoas não exigirem bom urbanismo, porque não sabem que têm direito a bom urbanismo. Eu não tenho ilusões, de que há bocado falou e muito bem, de que há um problema: a Câmara tem recursos finitos, mas esses recursos finitos podem ser aproveitados de forma muito inteligente. Ou seja, se nós soubermos onde queremos chegar, podemos planear como deve ser como é que lá vamos chegar, e portanto, haverá coisas que não vão ser feitas em quatro anos, mas eu tenho a esperança que muitas sejam feitas em quatro anos, e muitas mais eventualmente em oito. Porque, claramente, deixe-me dizer, qualquer projecto na área do ordenamento do território tem de ter um horizonte na ordem dos dez anos para funcionar. Em menos de dez anos não se faz uma revolução numa cidade. E nós precisamos de uma revolução na cidade.

DC Há alguns projectos de alguma dimensão que estão em curso em Coimbra, um já mais avançado, como é o caso da recuperação do Convento, há outros mais parados, o caso dos tribunais, da cadeia. Qual é a sua posição relativamente ao que tem sido a política da Câmara nestes casos ?
AMS Em relação aos investimentos que dependem do poder central, acho que a Câmara tem de ter uma posição reivindicativa em relação a eles. Mas, mais uma vez, deixe-me dizer, não podemos perder a razão por não fazermos a nossa parte. Por exemplo, o Pediátrico, que demorou alguns anos, está em vias de estar acabado, mas a parte dos acessos, que são da responsabilidade da Câmara, não estão feitos. Ora, como é que eu posso reivindicar perante o Governo Central quando eu não faço a minha parte? Não faz sentido. Agora, se ela tivesse sido a primeira a fazer os acessos, e estes tivessem ficado prontos a horas, tinha muito mais autoridade para chegar junto do Governo Central e dizer “nós fizemos a nossa parte, façam a vossa”. Perdemos a razão.

DC Por exemplo, no caso da cadeia, o que é gostava de ver ali ?
AMS Não tenho ideias seguras sobre isso. Acho, claramente, que faz algum sentido que uma pequena parte do espaço seja aproveitada para a criação de um espaço residencial onde as pessoas possam viver, mas há um espaço muito nobre que é a parte do edifício principal da cadeia e a zona envolvente que não deve estar sujeito a acções de rentabilização do terreno, têm que ter o equipamento que for considerado o melhor para lá. E eu tenho que admitir, ainda não tenho a certeza, isto tem que ser estudado com atenção. Agora, há outros espaços envolventes na zona da cadeia que eventualmente podem ser afectos a, por exemplo, alguma construção residencial. A alta da cidade beneficia se mais algumas pessoas forem viver para lá e portanto parece que é possível, com algum equilíbrio, ter as duas coisas. Quando vejo o Ministério preocupado com o seu património, isso não me preocupa à partida. Agora, não é aceitável pensar em ocupar aquilo tudo com promoção imobiliária só para rentabilizar a construção da nova cadeia. Isso claramente está fora dos meus horizontes. Mas deixe-me falar-lhe desta minha preocupação com a rentabilização. No iParque faz-me alguma confusão como é que nós chegamos à fase de inauguração do iParque com doze milhões investidos e ainda não há nenhuma empresa a instalar--se no iParque. Isto significa que vamos ter um custo de manutenção muito significativo que não está a ser amortizado. Alguma coisa falhou. Se calhar pode ter havido algum azar porque caiu no meio da crise internacional mas não pode ser só isso. Acho que faltou ali um plano de exploração porque quando nós decidimos fazer um destes grandes projectos, um grande investimento, não basta fazer o projecto da infraestrutura dos edifícios, é preciso fazer um plano de exploração. É pôr alguém especialista a pensar e dizer assim: nos dois primeiros anos de funcionamento do equipamento o que é que se vai passar, que actividades é que vão ser oferecidas, quanto é que isso vai custar, que receitas é que isso vai criar ? Não é ser economicista, não é dizer que nesses dois anos o equipamento tem que se pagar a si próprio, não. Temos é que perceber, antes de o fazer, como é que ele vai funcionar porque muitas vezes arriscamo-nos a criar os chamados elefantes brancos.

DC E acha que o iParque é um elefane branco ?
AMS Ouça, eu espero que não seja. Mas, neste momento, é uma situação que merece um cuidado particular porque não é aceitável. Porque a infraestrutura degrada-se se não estiver usada, utilizada, se não estiver mantida e portanto aquilo vai ter custos significativos. Eu acho que foi um projecto ambicioso, com grande qualidade urbanística mas isso significa que também tem custos de manutenção maiores e portanto alguém vai ter que os manter. Se a situação se prolongar por muito tempo arriscarmo-nos a ter um elefante branco. Eu espero que não, mas o que não quero é que isto se repita e, por exemplo, foi anunciado agora e eu também fico muito satisfeito que o Convento de São Francisco vai ser reabilitado. Mas eu gostava de saber se há um plano de exploração para o futuro espaço de congressos do Convento São Francisco, ou seja, devíamos ter agora um horizonte, saber mais ou menos quando é que vai estar pronto e não há razão, por exemplo, se aquilo vai dar apoio a congressos, não há razão nenhuma para que não comecemos a pôr alguém a tentar captar os congressos para termos uma ideia se quando ele abrir, ele vai funcionar ou não. E mais, eu gostava de ter a certeza que as valências que estão a ser implementadas no Convento São Francisco são aquelas que são necessárias para termos um verdadeiro e eficiente centro de congressos. Repare, mais uma vez, eu não tenho nada contra o projecto São Francisco, fico satisfeito que ele tenha sido objecto de um financiamento QREN mas gostava de ser sossegado de que alguém já fez um plano de exploração, pelo menos para os primeiros dois anos de operação do sistema e que já há uma equipa a trabalhar, a prever, a planear a manutenão da infraestrura e a sua operacionalidade, isto parece-me essencial e já agora, deixe-me dizer-lhe que em relação, por exemplo, ao Convento São Francisco, acho que faz todo o sentido ligar o São Francisco ao Convento de Santa Clara a Nova lá em cima. É tão óbvia a proximidade, porque alguém tem que definir uma utilização para o Convento de Santa Clara-a-Nova também, porque senão qualquer dia, está-se a degradar, não tem utilização e depois estamos a pagar a sua manutenção e não estamos a tirar partido.

DC Estamos a falar de obras, se for eleito o que faz com a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) ?
AMS Eu acho que a nossa SRU tem um pecado original. Nem a Câmara e se calhar nem o Governo dotaram a SRU dos meios financeiros para assumir o custo social da intervenção. E portanto, não foram dados os instrumentos à SRU para que ela pudesse ter sucesso e portanto não é por acaso que a SRU já tentou vários modelos de promoção e nunca nenhum privado verdadeiramente aceitou o desafio. Porque basta fazer umas contas e os custos de indemnizar os locatários e indemnizar os proprietários são maiores do que os rendimentos futuros com os edifícios requalificados e reconstruídos. Mas digo-lhe que naquele quarteirão que está afectado pelas demolições da Metro Mondego, 90% da propriedade é ou da Câmara ou da Metro Mondego. Ora, neste momento essa zona já pode ser requalificada rapidamente sem um investimento significativo e portanto aquilo que eu acho é que a Câmara deve começar por aí. É o coração da Baixinha. Se se fizer isso, se entretanto avançar a linha do Hospital, aquela zona vai ter uma paragem mesmo no meio desse quarteirão, entre a Rua da Sofia e a Rua Direita. Portanto vai ganhar uma acessibilidade de grande qualidade e eu tenho a esperança que isso possa depois ser a semente para tornar mais atractivo aquele espaço e então aí, com menos custos, podermos atrair o investimento privado para desenvolver a requalificação.

DC Sei que ainda mantém, embora em moldes muito reduzidos, a docência da Universidade de Coimbra. Entende que nos últimos anos se registou uma aproximação entre a Câmara e a Universidade?
AMS Acho que sim. Aliás estive, de manhã, a dar uma vista de olhos na entrevista que o senhor Reitor deu ao Diário de Coimbra e revejo-me completamente no que ele diz. Acho que sim, acho que aquele divórcio total que houve durante muitos anos entre a Universidade e Câmara por desconfianças mútuas, por falta de percepção do que é que o outro tem para dar à outra parte, acho que essa desconfiança total desapareceu. Mas acho que ainda não há o total aproveitamento das sinergias que podem acontecer.

DC O que pode ser ainda feito?
AMS Por exemplo, eu acho que a Câmara pode apoiar o empreendedorismo. É uma coisa de que tenho falado. Mais uma vez dizem-me: “Mas apoiar de que maneira?” Eu acho que a Câmara não tem vocação para ser o identificador dos futuros empreendedores mas pode ajudar a dar algum músculo financeiro, por exemplo, a um IPN para que ele, em vez de apoiar o número de empresas que consegue apoiar agora não possa aumentar esse número de apoios, ou seja, a Câmara pode ser aquilo que os economistas às vezes dizem, o sleeping partner, ou seja, o parceiro adormecido, que acredita no projecto. Não há razão para que a Câmara não se possa associar como um parceiro adormecido mas que dá algum músculo adicional, que tire partido do saber que vai sendo produzido na Universidade. Por exemplo, e não tenho dúvidas e até acredito que a Câmara esteja a fazê-lo também, já agora, dando todo o apoio e toda a prioridade à questão da candidatura a património mundial da Universidade, da Humanidade pela Universidade. É um projecto difícil, que não tem o sucesso assegurado, não é por ser agora com esta Câmara, mas porque cada vez é mais difícil candidaturas a património da humanidade. Mas, ter sucesso nesse empreendimento dá, por exemplo, uma visibilidade ao nível turístico muito importante para a cidade. Tudo o que a Câmara puder fazer no apoio a essa valência é positivo. Por exemplo, o turismo de congressos está subaproveitado em Coimbra, indiscutivelmente. Eu acho que indirectamente a Câmara, promovendo uma oferta cultural e apoiando uma existência da oferta cultural significativa e regular, criando verdadeira qualidade de vida na cidade, mobilidade sustentável, os espaços públicos limpos e agradáveis, toda essa vertente, estimulando e dando apoio à instalação das unidades hoteleiras, que felizmente ultimamente têm aparecido, por essa via é possível apoiar indirectamente, a sério, a capacidade da cidade para atrair grandes congressos. A Câmara pode, por esta via, muito mais do que apoiar os congressos, como costuma ser habitual, por exemplo pagando um jantar de um congresso, deve sim fomentar aquilo onde ela pode verdadeiramente fazer a diferença e só ela pode fazer. Oferecer bons transportes públicos, criar condições para que os hotéis venham para cá, ter bons espaços públicos, promover a oferta cultural. Se a Câmara puder fazer isso torna-se um parceiro muito valioso.

DC Já que fala do turismo, a questão do Aeroporto de Monte Real e do Aeródromo Bissaya Barreto tem sido alvo de alguma discussão nesta fase de pré-campanha.
AMS Primeiro deixe-me falar do TGV. Nas condições em que está previsto, é um projecto estratégico, porque de repente nós vamos ficar a menos de uma hora de Lisboa e do aeroporto de Lisboa e a 35, 40 minutos do Porto e do aeroporto Sá Carneiro no Porto. Ora, isto é uma revolução, porque quando se fala, por exemplo, na organização de um congresso, uma das desvantagens competitivas óbvias de Coimbra, quando se compara com Cascais ou até com a Madeira, é porque se demora muito mais tempo a chegar a Coimbra. Agora, aí a Câmara não pode fazer tudo sozinha, mas pode, por um lado, pressionar para que o TGV seja feito nas alturas certas, mas pode fazer mais coisas, pode apostar na requalificação da entrada Norte, daquela zona da Casa do Sal, até à Estação Velha que é actualmente uma entrada totalmente desqualificada. Nós podemos transformar aquilo numa verdadeira Alameda, que seja a porta de entrada, de visita da cidade. Se a Câmara fizer a sua parte pode dizer ao Estado “meus senhores, nós estamos a fazer a nossa parte, façam favor, façam a vossa também”.

DC E o aeródromo ?
AMS Não tenho a certeza, é um tema absolutamente técnico. O que lhe posso dizer é que se nós ganharmos, irei pedir à mesma equipa que está a estudar Monte Real para alargar o âmbito do estudo, e ver também qual deve ser o papel ou não do aeródromo Bissaya Barreto. Eu não tenho certezas, mas parece-me fazer sentido algumas das coisas que tenho ouvido, ou seja, que vale a pena fazer um pequeno, ou um não muito grande, investimento de prolongamento da pista, em cerca de trezentos metros.

DC A sua equipa está terminada, está pronta? Está satisfeito com ela ?
AMS Basicamente está terminada. E estou genericamente satisfeito. Acho que é uma equipa que é credível. A número dois para o Executivo vai ser a doutora Fernanda Maçãs, que é actualmente vereadora independente, também do PS, o que me dá uma garantia muito grande de eficiência técnica na área jurídica, não apenas de competência mas de credibilidade, que para mim era muito importante. Será com certeza uma vice-presidente da Câmara de grande qualidade. Depois, os seguintes, o terceiro, que vai ser o doutor Vilhena que é uma pessoa que tem uma participação e uma valência na área cultural muito importante e que portanto também dá credibilidade a esse nível. Portanto, genericamente estou satisfeito com a minha equipa. E obviamente o facto de ter o número um para a Assembleia uma pessoa com a craveira da doutora Helena Freitas e com as credenciais ao nível do desenvolvimento sustentável e da modernidade da cidade e do concelho, também é particularmente interessante e particularmente exigente. Porque nós muitas vezes desenvolvemos todas estas grandes ideias e grandes objectivos, mas depois é preciso implementá-los, e tenho a certeza que ela vai ser um garante de nos obrigar a mantermo-nos firmes nesse desígnio, que para mim é muito importante.

DC Finalmente, perguntava-lhe se, caso não seja eleito, é compatível manter-se vereador e presidente da Metro Mondego?
AMS Eu acho claramente que sim, até porque não vejo nenhuma dificuldade. Repare, como eu já disse várias vezes, eu assumo, sempre assumi, que, modéstia à parte, tinha sido convidado pelo meu currículo profissional e não pelo meu currículo político; aliás, devo chamar a atenção de que eu fui eleito por unanimidade de todos os accionistas, incluindo a actual Câmara Municipal de Coimbra, e portanto, não vejo nenhuma razão para que eu não possa, aliás, repare, o meu mandato também termina seis meses depois, terminará no fim de Março do ano que vem, e portanto a questão pôr-se-á muito pouco; mas, não vejo nenhuma razão para, se eu for um vereador sem pelouro na Câmara Municipal, não possa continuar a ser presidente da Metro Mondego, provavelmente por seis meses mais. Mas repare que isso também não me preocupa, de todo, porque, como sabe eu tenho o privilégio de, quando sair da Metro Mondego, volto a ser professor universitário, portanto não estou nada preocupado.

Entrevista ao Diário de Coimbra

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A luta contra os incêndios florestais: um desafio de todos os portugueses

Durante o Verão, o Dispositivo Operacional terá, pronto a actuar, um efectivo de 9800 elementos, mulheres e homens, profissionais e voluntários, empenhados em dar o seu melhor, que serão apoiados por mais de 2000 viaturas e 56 meios aéreos

Tendo o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais entrado no início deste mês no seu período mais crítico – a Fase Charlie – importa recordar que os incêndios florestais constituem a principal ameaça à sustentabilidade e desenvolvimento do sector florestal em Portugal.

O Governo, consciente das consequências sociais, ambientais e económicas dos incêndios florestais, assumiu o compromisso com a sociedade portuguesa de mitigar este flagelo. E foi com esse desiderato que definiu como prioridade, logo após os incêndios de 2005, o desenvolvimento de uma política sustentável para a Defesa da Floresta Contra Incêndios.

E hoje, no final da legislatura, é com agrado que reconhecemos a grandeza da dimensão do trabalho desenvolvido. Foi construída uma política responsável, erguida com a colaboração dos vários agentes de Protecção Civil. Um virar de página face ao passado.

“Portugal a arder…”, “A Guerra do Fogo!”, “O que falhou no combate aos incêndios?”, “Durão temeu que o desastre se propagasse ao litoral”, “Inferno – Fogo sobre Portugal”, eram frases que faziam manchetes e abriam os noticiários em 2003.

Nesse verão fatídico, assistimos a um pais em caos, a um Governo que quando meio Portugal já ardia via o seu primeiro-ministro, José Manuel Durão Barroso afirmar que “há meios suficientes no terreno”. Um dia depois, à saída de uma reunião de urgência do Conselho de Ministro declarava o “estado de calamidade pública”. A tal “política de verdade” que o PSD tanto apregoa…

Felizmente, o Governo mudou. Hoje, fruto da acção governativa, os portugueses sabem que podem contar com uma Protecção Civil moderna e organizada. Hoje, a população portuguesa encara com optimismo a luta contra os incêndios florestais.

Os portugueses sabem, sobretudo, que o sucesso da política do Governo resultou de reformas institucionais e legislativas responsáveis. A aposta no profissionalismo, na organização do sistema, na coordenação e na instituição do comando único na prestação do socorro, foram decisões cruciais para os bons resultados alcançados.

Neste processo, merece ser sublinhada a forma exemplar como a secretária de Estado da Protecção Civil, na prossecução do Programa do Governo, soube gerir o processo de criação das equipas de intervenção permanente sem minimizar o papel do voluntariado, a quem devemos muito e que em nosso entender está finalmente a ganhar uma nova dimensão, conducente a um associativismo humanitário cada vez mais forte no seio da sociedade civil. Neste momento estão protocoladas 135 equipas, num total de 675 efectivos. O PS prometeu, o Governo cumpriu!

Os deputados da Assembleia da República, que nesta legislatura fiscalizaram e acompanharam de perto a política do Governo nesta área, quer nas comissões parlamentares quer no terreno, puderam verificar a mudança operada nestes quatro anos. Os três relatórios publicados são claros quanto a essa avaliação positiva.

De facto, Portugal está hoje melhor preparado para enfrentar os incêndios florestais. Melhor preparado, porque reforçou a capacidade de resposta com mais Equipas de Intervenção Permanente, mais “Canarinhos” na Força Especial de Bombeiros e mais elementos no Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR. Melhor preparado, porque programou atempadamente o dispositivo e o seu faseamento. Melhor preparado porque dotou o Dispositivo Integrado de Combate aos Incêndios Florestais de meios de comunicação e reforçou a capacidade de coordenação da gestão por parte da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Durante o Verão, o Dispositivo Operacional terá, pronto a actuar, um efectivo de 9800 elementos, mulheres e homens, profissionais e voluntários, empenhados em dar o seu melhor, que serão apoiados por mais de 2000 viaturas e 56 meios aéreos.

Temos plena consciência que o combate aos incêndios florestais é uma missão complexa (e este Verão, em particular, não se adivinha fácil), mas o Governo e a política que tem implementado neste domínio são merecedores da nossa inteira confiança.

Portugal sem fogos, depende de todos!

Carlos Lopes
Deputado do PS

Acção Socialista, 14 de Julho de 2009

Rede de automóveis eléctricos diminui dependência petrolífera

"O mais importante da aposta nos automóveis eléctricos é saber se Portugal está na primeira linha dessas mudanças tecnológicas ou se espera, como esperou tantas vezes que a mudança viesse ter connosco", afirmou o primeiro-ministro, na sessão em que 21 municípios subscreveram o lançamento da rede nacional de carregamento de baterias para veículos eléctricos.

"Queremos que Portugal esteja na linha da frente da mudança tecnológica que está em curso na área da energia e dos veículos eléctricos. Esta escolha permite tornar Portugal mais independente e mais autónomo do petróleo, mas também quer ter um ambiente melhor e dar um contributo para a redução das emissões de gases com efeito de estufa", acrescentou.

Os municípios que assinaram o compromisso para o desenvolvimento de pontos de carregamento de baterias de veículos eléctricos foram: Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra, Vila Nova de Gaia, Loures, Cascais, Almada, Braga, Guimarães, Leiria, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Torres Vedras, Santarém, Faro, Évora, Beja, Castelo Branco e Guarda. A rede piloto terá cem pontos de carregamento ainda em 2009 e cerca de 1300 em 2011, instalados em parques de estacionamento públicos, centros comerciais, bombas de gasolina, hotéis, aeroportos, garagens particulares e vias públicas.

José Sócrates afirmou que o desenvolvimento da rede de mobilidade eléctrica "corresponde a uma escolha do Governo e a uma opção política". "Todos os que estamos nesta sala já passaram por três choques petrolíferos. Durante muitos anos assistimos ao diagnóstico que esses choques originavam, mas é agora altura de fazermos alguma coisa. Não quero ser de uma geração que passou por esses choques petrolíferos e não fez a aposta consequente com a consciência que todos temos que alguma coisa tem de mudar", disse.

O primeiro-ministro referiu ainda que "quando o veículo eléctrico for adoptado nas cidades, estou certo que se produzirá uma redução do barulho e uma melhor qualidade de vida. Quando as cidades experimentarem viver com veículos eléctricos, sem emissões e sem barulho, jamais quererão voltar para trás".

Jorge Seguro Sanches
Deputado do PS

Acção Socialista, 14 de Julho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dia Mundial contra a Desertificação e a Seca

Hoje dia 17 de Junho comemora-se o Dia Mundial contra a Desertificação e a Seca, data proclamada pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 1994.

Segundo a Convenção da ONU de Combate à Desertificação entende-se que a desertificação é a degradação da terra nas regiões áridas, semi – áridas e sub – húmidas secas, resultante de vários factores, entre eles as variações climáticas e as actividades humanas.

O fenómeno da Desertificação traz como consequência o abandono das terras por parte das populações mais pobres, surgindo migrações forçadas, causando o aumento da população das grandes cidades, o que também provoca mais desemprego, pobreza, exclusão, marginalidade, poluição e outros problemas sócio-ambientais urbanos. A par da Desertificação, e fortemente interligados, regista-se ainda o fenómeno climático da Seca, causado pela insuficiência de precipitação pluviométrica ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande.

Actualmente o risco de desertificação atinge 33% da superfície terrestre, envolvendo uma população de 2,6 biliões de pessoas assumindo-se desta forma como uma problemática mundial. Numa mensagem a propósito do Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca, o secretário-geral da ONU referiu que se estima que "24 milhões de pessoas tenham migrado devido a problemas ambientais" e que este número poderá "atingir 200 milhões até 2050".

Em Portugal, a erosão, os incêndios florestais, o despovoamento, o agravamento dos efeitos das secas e a debilidade económica do interior são expressões evidentes de desertificação.

A Desertificação ocorre porque os ecossistemas das zonas secas são extremamente vulneráveis à sobre-exploração e utilização inapropriada do solo e da água. A desflorestação, o sobrepastoreio, a irrigação mal conduzida, as más práticas agrícolas conjugados com condições climáticas, morfológicas e pedológicas adversas contribuem para o agravamento dos problemas de erosão, compactação e salinização dos solos, de degradação dos recursos hídricos, de perda de biodiversidade, de despovoamento e de debilitação sócio-económica.

Cerca de um terço do território continental português e quase todo o Alentejo é susceptível ou muito susceptível à desertificação (clima, solo, vegetação e uso do solo).

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia Mundial do Ambiente

O Dia Mundial do Ambiente, comemorado todos os anos no dia cinco de Junho, é um dos principais veículos através dos quais as Nações Unidas estimulam a consciencialização mundial face ao meio ambiente e reforça a atenção política e de acção.

Foi no ano 1972, em Estocolmo, na Suécia, no primeiro encontro mundial sobre meio ambiente, que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 5 de Junho como o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, o Dia da Ecologia. Nesse momento foi também criado o UNEP (PNUMA) Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Trinta e sete anos depois devemos questionar-nos se, o meio ambiente está no centro de nossas preocupações.

Um relatório recentemente divulgado pelo Fórum Humanitário Global, afirma que “a mudança climática mata cerca de 320 mil pessoas por ano, de fome, doenças ou desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil até 2030”. Por outro lado os prejuízos causados pela mudança climática já superam os 125 bilhões de dólares ao ano.

Não há dúvida de que a questão ecológica ganhou espaço na imprensa, nas escolas, nas conversas do dia-a-dia, nos movimentos sociais, nos partidos político, nas universidades, nas autarquias e em vários lugares e espaços da vida social. No entanto estaremos nós enquanto agentes sociais a fazer tudo o possível para salvar o nosso “habitat”?

Valorizamos política e eleitoralmente os esforços e as políticas regionais, nacionais e internacionais das autarquias e dos governos no sentido de promover melhores políticas ambientais? Penalizamos aqueles que nada propõem e nada fazem em relação a esta matéria?

Convém lembrar que quando falamos em política ambiental estamos a referir um vasto leque de problemas e áreas de intervenção, nomeadamente: Alterações Climáticas, Ambiente e Saúde, Ar, Biotecnologia, Desenvolvimento Sustentável, Emergências Radiológicas, Meio Marinho, Mobilidade Sustentável, Prevenção de Acidentes Graves, Produtos Químicos, Promoção e Cidadania Ambiental, Protecção da Camada de Ozono, Resíduos e Ruído.

É justo registar que em muitas das áreas atrás identificadas o nosso país está claramente acima da média internacional no que respeita a políticas de fundo, orientadas para conduzir a resultados “amigos do ambiente” e em alguns casos que permitam também “alavancar” a economia, talvez o melhor, mas não o único, exemplo desta realidade seja a rentabilização das energias renováveis no nosso país.

No entanto, não é menos justo registar que na nossa cidade muito falta fazer, e pouco tem sido feito no que concerne a políticas ambientais estruturantes, principalmente se comparamos com o que acontece em concelhos vizinhos de Coimbra.
No dia Mundial do Ambiente faz sentido perguntar quando é que a Câmara Municipal de Coimbra vai apostar em políticas de Mobilidade Sustentável, na valorização dos seus parque e jardins, para quando a dinamização de acções e campanhas que promovam a cidadania ambiental?

Em 2009, trinta e sete anos depois, temos algo de muito importante a fazer. Como humanidade, devemos pensar no futuro agindo no presente, alterar princípios e acções do nosso dia-a-dia contribuindo para garantir o equilíbrio ecológico da Terra. Como cidadãos de pleno direito é imperioso que saibamos premiar as boas políticas ambientais e não hesitar em penalizar a ausência das mesmas. O voto é uma arma, também, para a defesa do Ambiente.

Que o Dia Mundial do Meio Ambiente nos faça pensar e agir.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Comício de encerramento de campanha

Venha ao grande comício de encerramento da campanha para as Eleições Europeias na próxima Sexta-feira, dia 5.
Autocarros a sair de Coimbra para Lisboa às 17h30, junto às escada monumentais.
Confirmações até dia 4 para o número 239823911.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Comício de encerramento - Nós Europeus

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nós Europeus em Viseu

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Assembleia Geral de Militantes

AG
A secção do Ambiente do Partido Socialista realizou na passada sexta-feira uma Assembleia-Geral de militantes com o objectivo de discutir e aprovar o seu plano de actividades.

O secretariado desta secção (eleito em Março de 2009) apresentou aos militantes socialistas uma proposta que foi aprovada por unanimidade.

Foi ainda apresentado o bolg da secção, ambiente-pscoimbra.blogspot.com. Com a criação e dinamização deste blog a secção do ambiente do Partido Socialista pretende criar um novo ciclo na sua actividade e acção políticas. Este será um espaço de divulgação de diferentes pensamentos, ideias, posições e preocupações, constituindo um traço de união entre quem sente, interpreta e decide o Ambiente e a Qualidade de Vida no nosso distrito e País.
Este blog será também um espaço de divulgação das actividades do Partido Socialista, das suas posições públicas, representando mais um instrumento de informação aos militantes da secção do ambiente, mas também a todos quantos simpatizam com o Partido Socialista e se interessam pelas temáticas ambientais.
Do plano de actividades aprovado destacam-se a comemoração de várias datas internacionais associadas às temáticas ambientais, bem como a participação nos actos eleitorais que se aproximam, com destaque para as eleições autárquicas e legislativas. No âmbito da preparação para as referidas eleições a secção do ambiente propõe-se colaborar com todas as estruturas concelhias e distritais do PS, na procura e discussão de programas e propostas que permitam elevar a qualidade ambiental do distrito de Coimbra, proporcionando a todos os cidadãos maior qualidade de vida.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Nós Europeus em Braga

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Nota Introdutória

A secção do Ambiente do Partido Socialista de Coimbra inicia, com a criação e dinamização deste blogue, um novo ciclo na sua actividade e acção políticas.

Pretendemos que este espaço seja de divulgação de diferentes pensamentos, ideias, posições e preocupações, constituindo um traço de união entre quem sente, interpreta e decide o Ambiente e a Qualidade de Vida no nosso distrito e País.

Este blogue será também um espaço de divulgação das actividades do Partido Socialista, das suas posições públicas, queremos que ele represente mais um instrumento de informação aos militantes da Secção do Ambiente, mas também a todos quantos simpatizam com o PS e se interessam pelas temáticas ambientais.

Os blogues são, hoje, manifestos universais da livre expressão do pensamento, este espaço é de todos os que queiram contribuir para tal.

Bem-vindos e obrigado pelo vosso contributo.

Programa Ambiental do XVII Governo